Olá, pessoal!
Como não sabia exatamente como me envolver no blog de forma amigável e não complicada de escrever, resolvi da início com uma série de posts sobre mulheres na fotografia.
A persona de hoje é a ilustre Gioconda Rizzo.
Mas quem foi Gioconda Rizzo?
Gioconda Rizzo veio ao mundo em 1897, em SP.
A primeira fotógrafa brasileira adentrou na fotografia aos 14 anos, como ajudante no estúdio de seu pai, o fotógrafo Michelle Rizzo, tendo seus primeiros cliques feitos escondidos dele, por medo dele não gostar. Desafiou os costumes do início do séc XX, abandonando a pragmática feminina da época de cuidar do lar e resolveu fazer da fotografia sua vida.
Inicialmente, tinha autorização do pai para fotografar somente mulheres e crianças. Surpreendeu a todos com enquadramento de retrato diferente: destacava ombros e rosto, não corpo inteiro ou sentado, como era habitual. Ela mesma preparava as moças para serem fotografadas e, com seu olhar mais que peculiar, conseguia retratar a sensualidade que nem as próprias modelos sabiam possuir.
Seja pela coragem, ousadia ou criatividade, Gioconda ganhou nome e o público feminino da alta sociedade paulistana, a ponto de disputarem por horários para sessões fotográficas. Conseguiu montar seu estúdio aos 17 anos, o “Photo Femina”, que funcionou de 1914 a 1916 – seu irmão mais velho um dia, ao visitar o estúdio, percebeu que algumas clientes eram cortesãs polonesas e francesas (o que era comum em SP) e, como a sociedade era muito severa, ela não teve escolha a não ser fechar o estúdio e voltar a trabalhar no estúdio do pai. Lá, desenvolveu retratos coloridos a óleo.
Casou-se e mesmo vivendo em uma sociedade onde o Código Civil declarava que a mulher casada deveria ser dependente e subordinada ao homem e era inapta a exercer certos atos civis e só teria o direito de trabalhar com autorização do marido ou arbitro do juiz, ela não parou de criar. Em 1925 tornou-se a pioneira em fotoporcelana, adaptando a técnica fotográfica de fusão do esmalte sobre o cobre (até então utilizada em jóias) para uso em porcelana. Ela também colaborava com a revista “A Cigarra” (to caçando no site do Arquivo do Estado o exemplar com as coisas dela - assim que encontrar, posto aqui).
Em 1980, teve seu trabalho recuperado pela curadora Rosely Nakagawa, que organizou, juntamente com a pesquisadora da USP, Miriam Moreira Leite, uma exposição na Galeria Fotótica.
Gioconda faleceu aos 107 anos, plenamente lúcida, com uma memória considerada melhor que a de muitos novinhos por aí...
Referências bibliográficas:
http://www.memoriaemovimentossociais.com.br/bancodeimagens/displayimage.php?album=5&pos=15
http://photos.uol.com.br/materias/ver/51307
http://www.estadao.com.br/arquivo/arteelazer/2001/not20011212p9262.htm
http://www.guiadoscuriosos.com.br/categorias/1266/1/de-d-a-i.html
http://d702101168.tecla00188.tecla.com.br/novo_futuro/ler_noticia.php?id=2422
http://www.proec.ufg.br/revista_ufg/dezembro2008/e_v.html
SCHUMAHER, Schuma; BRAZIL, Érico Vital – Dicionário Mulheres do Brasil, 2000, 1ª edição, Editora Zahar.
sem duvida uma grande mulher ^^
ResponderExcluir107 anos... nossa!
ResponderExcluirSeguindo teu blog também!
ResponderExcluirOutro dia volta pra olhar melhor e comentar!
Bj1
http://rejanebruck.blogspot.com